quarta-feira, abril 01, 2020

A pandemia e os efeitos econômicos

No mundo todo a pandemia coexistiu com a economia. Até parece uma gangorra, quando o número de infectados sobe a economia desce.  Aqui, Bolsonaro pretende mudar o foco, como se fosse possível no meio da pandemia a economia reagir. 

Sem querer ser pessimista, mesmo sendo vencida a crise epidemiológica, ainda assim vai levar um bom tempo para a economia se estabilizar. Crescimento mesmo, só para o próximo ano. Por isso, insisto na tese do dinheiro novo. Ou, para ser mais direto: imprimir dinheiro. Por exemplo, criar uma renda mínima de um salário mínimo por mês para todos que estão isentos do Imposto de Renda. Essa medida poderia valer até 2022.

Vinicius Torres Freitas, mestre em administração pública pela Universidade de Harvard, é um dos que vem defendendo essa ideia há um bom tempo. No seu último artigo "Na coronacrise, é preciso dar dinheiro", ele mostra que injetar recursos públicos ajuda a combater o vírus e a mover a economia. 

Sua percepção da economia real, feita por 17 milhões de negócios modestos, muitos dos quais já à beira da ruína, precisa sobreviver. Para Vinícius, só com dinheiro novo que lhes chegue sem custo. Como se fosse uma doação, afirma.

Mesmo assim, a retomada vai ser lenta. As pessoas vão estar receosas e terão menos renda. A economia mundial também vai andar devagar. Depois do coronavírus, o mundo vai enfrentar seus efeitos na economia.. Novamente será uma crise global, cuja superação passa por uma sociedade mais solidária  construída sobre novos valores.

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