As cidades do futuro (parte IV)

Na última quinta, dia 17,  participei de outra live a pedido do jovem engenheiro sanitarista Israel Aquino, pré-candidato a vereador em Biguaçu. A cidade fica na região metropolitana, grudada em Florianópolis. Aliás, essa é uma característica das grandes cidades e do seu entorno. Crescem juntas, só que quase sempre sem um planejamento integrado.

Planejar quase nunca está entre as prioridades dos candidatos, o que é um erro. Não há futuro para as cidades que não se planejam. Na semana passada foi divulgada a lista das 10 cidades de maior potencial de crescimento no país. Através de uma empresa especializada foram avaliadas 650 cidades com mais de 50 mil habitantes. O estudo se baseou nas condições de saúde, educação, inovação, tecnologia, governança, mobilidade, empreendedorismo, entre outras.

Em primeiro lugar está São Paulo; seguida de Florianópolis. Depois, pela ordem: Curitiba, Campinas, Vitória, São Caetano do Sul/SP, Santos, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte. O que chama atenção é que a maioria são cidades grandes. A menor de todas, São Caetano do Sul acaba chamando pelo pequeno porte, cerca de 150 mil habitantes.  

Florianópolis, com cerca de 500 mil habitantes é a  principal cidade da região metropolitana. Já São Caetano do Sul, faz parte da grande São Paulo. Portanto, nada mais natural que venha a curiosidade: o que levou estarem na mesma lista. Florianópolis conheço bem e não me surpreende que esteja em segundo lugar no ranking. Quanto a São Caetano do Sul, pelo que apurei, a educação deve ter sido o grande diferencial. A cidade tem uma universidade municipal, bem conceituada e antiga. A taxa de escolarização de 6 a 14 anos é de 98%.

Florianópolis cuja potencialidade já foi motivo de outros comentários, precisa incorporar com urgência o planejamento como prioridade. Seu grande entrave é a mobilidade urbana, fruto de um crescimento desordenado bem acima dos investimentos públicos em infraestrutura. Identificada como a segunda cidade brasileira com maior potencial de crescimento no país, merece uma atenção especial. A campanha eleitoral que ora inicia, vai permitir alimentar o debate.