segunda-feira, setembro 14, 2020

Voto tem consequência, o Rio de Janeiro que o diga

Quem acompanha o que escrevo no blog e no Linkedln, já deve ter percebido que gosto de usar a expressão "voto tem consequência". De tempos em tempos alguns mais precipitados, acabam se descontrolando por entenderem que é uma cobrança em relação ao voto que deram em 2018. Embora entenda a reação, não se trata disso. A preocupação maior que tenho é com o eleitor, já que na minha visão, o eleito é consequência. A reflexão é cada vez mais necessária; tanto para as eleições daqui como em qualquer outro lugar.

No Brasil, o Rio de Janeiro é o melhor exemplo que se tem. O eleitor de lá é um caso a ser estudado. Dos últimos cinco governadores eleitos, todos estão presos ou prestes a ser. É óbvio que na hora de votar, o carioca não pensou nas consequências. Quem aborda o tema com muita humor é um carioca, o reconhecido escritor Gregorio Duvivier. Segue um pequeno trecho do impagável artigo "Malandros e otários", publicado dia 9 na Folha: 

"Precisamos lidar com a terrível realidade. Por trás da fama autogerada de malandragem, o carioca é o otário do Brasil. Soa duro, eu sei. Mas enquanto nativo da Guanabara, posso garantir: não há ninguém mais ingênuo no país - quiça no planeta". 

 Se quisermos olhar na nossa volta, a votação do comandante Moisés aqui em Santa Catarina também carece de uma explicação. Um desconhecido, que se elegeu governador com mais de 70% dos votos. Comandante do Corpo de Bombeiros em Tubarão, virou governador de uma hora para outra. Sem respaldo político e popular, os processos de impeachment não param de chegar na Casa Legislativa. Seu futuro é incerto. (*)

Outra situação vergonhosa é a dos nossos deputados federais, eleitos com o voto dos catarinenses. Sempre tão falantes, agora estão calados. Segundo se sabe, quase todos votaram pelo perdão das dívidas das igrejas que não param de proliferar. O dinheiro é público e a conta passa de 1 bilhão de reais. Não acredito que os eleitores de Santa Catarina, estejam de acordo com tamanha benevolência.(**)

Por isso insisto, caro eleitor: voto tem consequência.

(*) Em plena pandemia o governo do Estado pagou adiantado 40 milhões de reais, por respiradores que nunca foram entregues.  Em Itajaí, o hospital de campanha foi abortado. Segundo apurado na época, o orçamento estava super faturado. 

(**) Caso algum deputado federal queira se manifestar em relação ao voto que deu, tanto o blog como minhas redes de comunicação estão disponível.

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