segunda-feira, fevereiro 22, 2021

Empregos verdes: de onde virão os recursos (parte I)

Depois de explicar porque os novos empregos serão verdes, senti a necessidade de explicar de onde virão os recursos. Serão investimentos privados e pulverizados. Como a demanda por energia é crescente e perene, os empregos verdes estarão sempre presentes.

Outros setores mais dependentes de incentivos públicos, vão encontrar dificuldades para criar empregos. A dívida global crescente, põe em xeque o crescimento de quase todos os  países. O endividamento  já se encontra  próximo dos US$ 300 trilhões. Quando se chega nesse ponto, novos empréstimos, ou investimentos externos ficam mais escassos.(*) 

No caso do Brasil seu isolamento com o mundo, agrava ainda mais a situação. A sorte de Bolsonaro foi encontrar as reservas em dólar do país num patamar "nunca antes visto";  300 bilhões de dólares. Só que sobre isso não falam, já que o excelente resultado veio dos governos do PT. 

Da nossa dívida pública, estimada em R$ 5 trilhões, R$ 1,4 trilhão vence em 2021. Um ano onde o debate do auxílio emergencial estará presente, pressionando um governo sem rumo e sem caixa. Para agravar ainda mais a situação, 15 milhões de desempregados e a metade das famílias num alto grau de endividamento.  

Quanto a energia que todos dependemos, seus reajustes são sempre acima da inflação. Esta realidade vai motivar novos investimentos em energia solar. E isso vai acontecer em larga escala. Sempre uso como argumento que a política tarifária é o principal incentivo para a energia solar. A expectativa é de uma revolução energética em curso, acompanhada de milhares de novos empregos. E serão verdes. (**)

(*) A pandemia afetou todos os continentes e impactou a economia na maioria dos países. Como todos precisam de ajuda, fica bem mais difícil à ajuda chegar.

(**) A energia solar tem um diferencial sobre qualquer outra fonte, ela é um grande lego. Você pode comprar o número de painéis planejado por etapas. Pense nisso.... 

PS - Recente estudo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia,  projeta R$ 142 bilhões de novos investimentos em geração de energia elétrica até 2025. Para atender no prazo as obras, só criando muito emprego: centenas de milhares.  

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