No meio de uma crise política sem precedente, convivendo com uma pandemia que já levou milhares de vidas, com a economia em frangalhos, inflação e desemprego crescente - só nos resta celebrar os amigos que temos. A amizade é um legado que fica e um abrigo que temos. Vem de lá a força que precisamos para continuar nossa longa e árdua caminhada.
Não quero qualquer amigo, só os verdadeiros. Aqueles que nas horas difíceis te mandam uma poesia; e sem dizer nada avisam que estão juntos. A poesia que segue é de Fernando Pessoa. Foi enviada por alguém que me conhece de longa data. Agradeço por todas as manifestações de amizade que recebi no dia do meu aniversário, 12/9.
"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade sanidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante."
" Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto".
"Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça."
"Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa."
"Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril."
Fernando Pessoa
Um comentário:
Um virginiano de fibra, Mauro!
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