À deriva, Bolsonaro inicia o último ano do seu governo sem saber como termina. Depois de uma prolongada férias em Santa Catarina, com direito a parque de diversões e tudo, não creio que tenha tido tempo para refletir sobre o seu comportamento. Foi tanta festa que acabou parando num hospital. Quanto a nós, brasileiros, a esperança por dias melhores nos une e nos fortalece. Aprendemos com o ano que passou, um dos piores da nossa história. Enfrentamos desafios e combatemos diuturnamente o atraso que se espalhou pelo Brasil.
Com a má fé devidamente reconhecida pelo ex-juiz Sergio Moro impedindo o legítimo direito de Lula concorrer, através de uma farsa alimentada por um juiz parcial e um grupo de procuradores que agiam politicamente, somada às fake news que levaram Bolsonaro ao governo, boa parte da sociedade acordou. Estima-se que cerca de 35 milhões de eleitores se arrependeram do voto que deram.
Quando a gente se depara com essa realidade uma nova reflexão sobre os fatos precisa ser feita no ano eleitoral que se inicia: o significado do FORA BOLSONARO e do XÔ ATRASO. Aparentemente podem até parecer a mesma coisa, mas não são. A primeira é uma tentativa de impeachment, de baixo pra cima, que não mobilizou como deveria a opinião pública e nem partidos políticos. (*)
A segunda, com a qual me identifico melhor, é o XÔ ATRASO. Bolsonaro, um medíocre deputado federal, virou presidente por interesses que agora estão mais visíveis. Como legado vai nos deixar o pior de todos os governos - o do atraso! O resultado está aí espalhado por toda a administração. Ministros saem, ministros entram e o que se espera de um governo não acontece. Não há possibilidade de um país se desenvolver e ter futuro sem um projeto de nação.
Felizmente ontem, dia 4, voltou a esperança e a vontade de sonhar. Finalmente, entramos o ano respirando. O artigo publicado pelo ex-presidente Lula e o seu ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, é um alento; um documento de compromisso com a educação, com a ciência e a tecnologia. Qualquer país que sonha com o futuro tem que incorporar como política de Estado o tripé: educação de qualidade, investimento em ciência e incentivo à inovação.
Nem sempre os eleitos para o Congresso Nacional, pensam assim. O mandato vira uma ponte para a reeleição. Esse desvio de conduta apequena a política e é fatal para o país. O parlamento não tem o hábito de discutir políticas públicas de médio e longo prazo. O imediatismo e o populismo acaba sendo absorvido e contaminando o próprio eleitor que acaba aceitando como normal essa prática. (**)
O artigo reafirma o que todos deveriam saber: "A educação é a porta de acesso a empregos de melhor qualidade e possibilita um desenvolvimento econômico mais equânime". Por outro lado, correndo em paralelo, o domínio em larga escala da ciência e da tecnologia, nos tira do marasmo e do atraso. O conhecimento é condição necessária para nos tornar respeitados globalmente.
(*) Ulisses Guimarães sempre dizia: a política é para poucos. Cozinharam o galo sem ele perceber. No fundo ninguém queria o impeachment.
(**) Santa Catarina teve grandes senadores como Dirceu Carneiro e Nelson Wedekin, por exemplo. Dos atuais pouco se sabe, os recursos não chegam e as obras não andam.
PS - Na última semana do ano, dois comentários que publiquei sobre o governo nas redes sociais tiveram cerca de 20 mil visualizações. Na mesma semana, 631 pessoas visitaram o meu perfil na rede Linkedln. Em 2022 vamos priorizar ainda mais temas como: sustentabilidade, educação, meio ambiente, energias renováveis, empregos verdes, inovação, ciência e tecnologia. Como todos os assuntos estão relacionados ao XÔ ATRASO, a valorização do voto nas eleições faz parte do pacote.
Obrigado pelo apoio, Mauro Passos.
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