sexta-feira, março 11, 2022

A energia que move o mundo ... se for preciso faz a guerra

De tudo que se viu nas últimas duas semanas, uma certeza: a energia que move o mundo, também pode acabar com ele. Os conflitos entre Rússia e Ucrânia são antigos, mas sempre estiveram lá. O que fizeram os grandes interesses bélicos e energéticos foi aproveitar o momento e por no tabuleiro da geopolítica a confortável e ameaçadora situação da Rússia, com suas reservas de gás e petróleo. Basta acompanhar o salto que deu o preço do barril do petróleo, o risco de não ter gás para aquecer as casas e a explosão no custo da energia elétrica, cerca de 400 euros o megawatt/hora. 

Aos olhos do mundo a pujante Europa mostrou suas fragilidades diante da dependência energética que tem.  Seu principal parceiro econômico e militar, os EUA, aproveitou a deixa e virou ucraniano desde criancinha. Com isso o cenário pró guerra estava pronto, era só riscar o fósforo - o que prontamente Putin fez. Todos sabiam as consequências. Como todos sabem o papel de cada um nesse crescente conflito desumano e violento. Não tem "mocinho" nessa história.

Na última sexta-feira, 4, a usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, foi invadida pelo exército russo. Em breve, outras serão. A Ucrânia, depois da França, é quem tem o maior número de usinas nucleares em operação na região. E Putin sabe disso melhor que ninguém. Infelizmente, para as mentes que só pensam em guerra, dominação e poder, as condições estão dadas.

Portanto, para quem é da paz - só resta um caminho: o da ciência. Em vez de se gastar trilhões de dólares/ano em guerras, que podem acabar com o nosso planeta, a prioridade deveria ser investir em pesquisa. Através do conhecimento buscar e disponibilizar a energia como um bem comum. Ao pautar esse tema com um olhar humanista e sustentável, está se tirando a condição de dominação que mantêm tiranos no poder. 

Duas linhas de pesquisa estão em curso e vão nessa direção: a da energia gerada fora da Terra e da energia gerada no interior da Terra. Como se fossem dois filmes de ficção do Spielberg, os estudos mostram a possibilidade de sermos atendidos no futuro por fontes alternativas e infinitas de energia. Uma que viria da energia do Sol e a outra do calor da Terra. Embora se trate de uma tecnologia para a próxima década não deixa de ser um alento. O risco que representa para a sociedade líderes doentes no poder, que só pensam em si e nos seus interesses, está bem diante dos nossos olhos. 

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