Alguém tem dúvida que no Carnaval fora de época agora em abril, as ruas estarão cheias. Os blocos de bairro animados como sempre e a criatividade solta como nunca (foto acima antes da pandemia). O brasileiro não tem nada a ver com Bolsonaro, seus filhos e sua turma. A gente não gosta de "arminha" e nem de "rachadinha". As marchinhas nascem numa roda de cerveja, espontaneamente, e do nada caem no gosto do povo. Quando escrevo sobre "É isso daí", fico imaginando o que os foliões vão fazer com essa pérola do nosso presidente.
Outra marchinha sempre presente, quase que um patrimônio nacional, é "Me dá um dinheiro aí". Essa então vai estar na boca do povo. O ex-ministro, pastor Milton, amigo do Bolsonaro, e que fez da Educação seu balcão de negócio - vai ter que se esconder. Quem botou a cara no fogo e se queimou, também. A leveza do Carnaval vai transformar barra de ouro em samba enredo. O valor do ouro no mercado paralelo vai disparar. Com a Bolsa de Valores fechada por causa da folia, o real vai desabar. O que vai salvar o povo da inflação é o sempre lembrado: " Oi, você aí, me dá um dinheiro aí....."
O Lollapalooza já deu seu recado ao autoritarismo e ao atraso. Por sorte o pastor deixou de ser ministro depois do evento. As barras de ouro não foram lembradas e o foco das manifestações foi o Chefe Maior. Ninguém sabe o que um Carnaval produz, além, obviamente, da ressaca. Mas ele provoca mudanças e reflexões que perduram no tempo. Quem não se lembra do polêmico Joãozinho Trinta, quando inovou levando para a avenida nossas desigualdades sociais e o descaso com as riquezas naturais.
PS - Na terça-feira, 29, o ministro do TSE Raul Araújo, que censurou o festival Lollapalooza, derrubou sua própria liminar. A repercussão negativa deixou o ministro totalmente isolado. Atribuiu o erro ao partido do presidente, o PL. Tudo muito estranho para um ano eleitoral. Já vimos isso antes, não é Moro (ex-juiz, ex-ministro, ex-candidato a presidente)? Fica o registro.
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