Fórum Mundial da Água

Brasília é a sede da 8ª edição do Fórum Mundial da Água, por ironia: sem água. Um típico caso de que nem tudo que brilha é ouro. O país que detêm 13% da água potável do mundo, no entanto mantem sua capital sob racionamento. Para quem não sabe, os moradores de Brasília convivem com a falta de água há muito tempo (já registrado no blog).

São Paulo, nossa maior cidade, já passou por isso. E ontem, com a chuva ficou completamente inundada. Até aí, nada demais. Sempre foi assim. Falta planejamento e gestão. Não sei se nossas contradições e fragilidades serão debatidas no fórum. Tenho lá minhas dúvidas.(*)

Quem é do meio sabe, o abastecimento seguro de água passa - necessariamente - pela preservação da natureza. E é aí que mora o perigo. Historicamente, o cuidado com o meio ambiente nunca foi prioridade no Brasil. Os grandes crimes ambientais comprovam isso.

O que se espera do Fórum Mundial da Água, que se encerra na sexta-feira: é que a água seja tratada como um direito universal. Que os governos se comprometam de preservá-la para as futuras gerações. Que politicas públicas de bom uso e de conscientização sejam implantadas. E que a água chegue as torneiras de Brasília, para que a nossa capital  não passe por mais um constrangimento mundial.

(*) ATUALIZANDO - Desde de 2015 as autoridades sabem da precariedade no abastecimento de água e do risco de racionamento em Brasília. Segundo a ANA, Agência Nacional de Água, apenas cinco das 23 cidades da região metropolitana de Brasília estão com o abastecimento assegurado.