Diante tantas incertezas, duas certezas: tem gente morrendo e a recessão é dramática. Independente do que Bolsonaro acha e do que vem fazendo, a Covid 19 não é uma simples "gripezinha".
Com essa breve introdução, que imagino consensual, reforço a tese que o problema do Bolsonaro não é o Congresso, a imprensa e nem o STF. Seu problema é o coronavírus e suas consequências. A conta é alta e difícil de administrar. Para quem só pensa na reeleição, um desastre. Imaginem ter que explicar durante um processo eleitoral mortes e desempregos crescentes durante o seu governo.
Um estudo recente do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (5/5), traçou três cenários possíveis do impacto do coronavírus na economia: um otimista, o de referência e outro pessimista. Segundo o estudo, dependendo do cenário, a redução de empregos no Brasil, por causa da pandemia, varia de 5 a 15 milhões. Nos EUA, 33 milhões de empregos sumiram durante a crise.
Outro dado que chamou a atenção, foi o do IBRE/FGV. Para o Instituto são 500 bilhões a menos circulando em 2020. O número de tão impactante que é, merece ser detalhado. Os bilhões citados tem CPF e CNPJ, ele é formado por dinheiro tirado do bolso de milhões de pessoas e pelo aperto de milhares de empresas de todo o porte.
O empobrecimento vai ser tão grande, que a gente não tem noção. São 500 bilhões de reais até o final do ano. Uma sangria que irá atingir toda a cadeia social e econômica, uma tragédia. Portanto, se os números se confirmarem, a recessão em curso vai nos deixar fragilizados como nunca tivemos.
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