quinta-feira, maio 14, 2020

The Economy of Francesco

A Economia do papa Francisco é uma iniciativa da Igreja Católica, que busca envolver jovens de todo o mundo no combate a pobreza e no comprometimento com uma matriz energética mais limpa. Como não me enquadro no grupo de jovens, apenas acompanho os debates. Do pouco que vi até agora, o processo organizativo é muito interessante e se auto alimenta. 

Ainda longe de conhecer o todo, já deu para perceber a intenção do Papa: mobilizar os jovens e comprometê-los com  um novo mundo. O primeiro passo está sendo dado, a construção de uma mega rede. São milhares de estudantes, na sua maioria economistas, se encontrando, trocando experiências, formando vilas de conhecimento. 

De pronto identifiquei três novidades: a ausência dos governos, o protagonismo na mão dos jovens e o olhar para a comunidade. Em relação aos governantes, sempre que pode,  o Papa tem expressado seu desconforto de se relacionar com governos atrasados. Quanto aos jovens, sua Santidade quer ouvir os que não são ouvidos. Por fim, sua preocupação com as comunidades e demandas locais. 

Essas discussões inicias, se deram ao longo de 2019. Na programação estava até previsto um grande encontro dos jovens, no segundo semestre deste ano, na Itália. Não sei o que vai acontecer com a chegada da pandemia. Em apenas três meses muita coisa mudou. No curto e médio prazo a economia mundial estará focada no inimigo invisível, o coronavírus.

O papa Francisco vem demonstrando sua preocupação com o pós pandemia; sabe as consequências do agravamento do empobrecimento. Não se esperava por isso, mas os dados da realidade são dramáticos. Segundo a ONU, o retrocesso devido à crise ameaça anular uma década de avanços sociais.

Todos os países apresentam PIB em queda. Uns mais do que outros, mas a situação já indica para o maior desafio da humanidade neste século. O impacto social é brutal. A queda de 10% no total de horas trabalhadas no mundo,  prova isso. Só essa desaceleração irá impactar no trabalho formal, desempregando mais 300 milhões de trabalhadores. Sem falar nos informais, cujo montante ninguém sabe. (*)

(*) No caso do Brasil o governo anunciou, dia 13, a projeção do PIB para 2020: - 4,7%. A queda é a maior da história. Para uma economia que já se arrastava, 1,1% em 2019,  uma péssima notícia. 

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom Mauro nos a pensar caminhos...a importância dos jovens e da comunidade