Se tem algum fato relevante na semana que passou, não foi a unanimidade que se formou em torno da desastrosa presença do ministro Ernesto Araújo. Sua cabeça, como a de Salles, vai ser entregue em breve.
A grande novidade da semana foi a entrevista de Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho. Para quem conhece o diretor do Departamento Intersindical de Apoio Parlamentar - Diap, Bolsonaro deve ter ficado sem dormir. Toninho sabe como poucos a movimentação do tabuleiro da política em Brasília.
Toninho acompanha o dia a dia do Congresso Nacional. com extremo zelo, há mais de vinte anos. Reservado e respeitado, faz um trabalho discreto nas comissões e no plenário observando o trabalho de cada um. Anualmente, publica a lista dos 100 parlamentares que se destacaram na atividade legislativa.
Nos conhecemos antes mesmo de me eleger deputado, por isso a surpresa com sua recente entrevista. Toninho não costuma se manifestar publicamente. Para manter a linha editorial do blog de facilitar a leitura, separei algumas de suas declarações:
- "Conheço vários ex-bolsonaristas para os quais o apoio ao presidente ficou insustentável";
- "O Congresso e as instituições estão no limite da paciência com Bolsonaro";
- "Agora, as pessoas perdem parentes e percebem que, se houvesse medidas efetivas do governo, isso poderia ser evitado";
- "A perda de apoio ao presidente negacionista, é abrangente. Vai dos lavajatistas - que já entenderam que o compromisso com o combate à corrupção só existe na retórica - a setores que percebem em Bolsonaro a incapacidade de governar".
- "Hoje, o apoio a Bolsonaro é restrito ao que há de mais desqualificado no Brasil", diz Queiroz.
PS- A entrevista na íntegra está disponível no Google News e no Newsletter 247 (27/3)
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