quinta-feira, agosto 26, 2021

Bolsonaro a curto, médio e longo prazo.

CURTO PRAZO - é o Bolsonaro do "cercadinho",  das fake news, bravatas e ameaças. Gosta de pastel e de andar de moto. Tempo não lhe falta. Inaugura agência da CEF já em funcionamento no interior de Santa Catarina; como ponte de madeira com 18 metros de extensão no norte do país.

MÉDIO PRAZO - esse está em alta: é a alta do dólar, da inflação, do desemprego, das mortes por covid, das queimadas, do preço do gás, da gasolina, da energia elétrica, da fome e da miséria.

LONGO PRAZO - para os imediatistas as consequências de um governo sem rumo não são facilmente observadas. Exigem uma leitura mais apurada, que muitas vezes não conseguem fazer. A melhor leitura do futuro quase nunca é a sua. Quando li o artigo de Maria Hermínia Tavares, do dia 19, " O perigo que o país ignora", da Folha, resolvi resumir e reproduzir. Tudo que acredito quanto ao nosso futuro como país estava ali. Espero que gostem. (Maria Hermínia é pesquisadora do Cebrap e professora aposentada da USP).

"Na semana passada, o relatório do Grupo 1 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) reafirmou a responsabilidade humana pelo aquecimento do planeta e o consequente aumento da frequência e intensidade de eventos naturais extremos. Como era de prever  o assunto foi ignorado no Planalto, onde o presidente se entretia disparando ameaças a ministros do STF e açulando suas milícias nas redes sociais."

"O governo exercido pelos piores e as oposições políticas empenhadas em impedir o pior terminam por afundar a vida pública num dia a dia tão crispado quanto medíocre; incapaz de pensar nosso futuro num mundo que está discutindo novas formas de se relacionar com a natureza, de produzir e organizar a vida em sociedade."

"Por isso, é mais do que bem vindo o recém lançado relatório da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina). Um texto programático que situa a redução das desigualdades e a sustentabilidade ambiental no centro das estratégias de modernização e retomado do crescimento econômico pós-pandemia na região". (A sede da Cepal fica em Santiago, no Chile)

"Mais preocupado com o que fazer do que como fazer, oferece sugestões valiosas de setores prioritários - energias renováveis, mobilidade, adaptações urbanas, inclusão digital, indústria da  saúde, bioeconomia, ecoturismo, instrumentos tributários e fiscais, concepção ambiciosa de proteção social, um papel regulador e indutor para o Estado. Ideias inspiradoras para pensar o país sem Bolsonaro". 

PS - O sol nasceu para todos .... o obscurantismo para alguns! A escolha é sua.  

Um comentário:

Unknown disse...

Forte e verdadeiro, parabéns!