segunda-feira, novembro 06, 2023

De olho nos manguezais


A vida é um piscar de olhos. Quanto antes você perceber isso, melhor. Com o passar do tempo é bom procurar novos desafios, construir parcerias, aprender e se motivar. O importante é não se perder na hora de identificar o que você está procurando. Quando achar, procure dar o melhor de si. Não se preocupe com o seu tempo, muitas vezes o legado que fica é bem maior que uma realização.   

Já faz um bom tempo que acompanho o trabalho de Carlos Alberto Tavares Ferreira, presidente da Fundação Tavares Ferreira e CEO da Carbon ZERO. Suas iniciativas e projetos tem a ver com o que fazemos, o que naturalmente nos aproximou. O "Caminho das Araucárias", o "Caminho das Águas", a proteção das nascentes e um olhar cuidadoso para os manguezais, abre um leque de oportunidades para realimentar quem quer se reinventar. 

Quando o Carlos Ferreira fala sobre o mangue, a primeira barreira que surge é a do desconhecimento. Presente em boa parte da nossa costa, é o ecossistema com maior concentração de carbono por área. A capacidade dos mangues protegidos armazenar quantidade de carbono expressiva, sempre foi do conhecimento da ciência. Só que o inventário de potencial da natureza costeira, nunca foi levado a sério. Segundo Carlos,   estima-se  que 8% do potencial global esteja no Brasil. 

Na semana passada a CARBON ZERO nos brindou com um estudo de levantamento de área de mangue em Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu. Para nossa surpresa são 35 mil hectares de manguezal. O relatório apresentado mostra também que quando comparados a outros biomas vegetados do Brasil, eles armazenam até quatro vezes mais carbono nos primeiros 100 centímetros de solo. Mas essa riqueza é totalmente negligenciada, comenta Carlos: o mangue é visto como um lugar sujo, com muito lixo e forte odor, porque historicamente serviu para o descarte de esgoto de muitas cidades costeiras. 

A CARBON ZERO e o Instituto IDEAL, depois de longas conversas, firmaram uma parceria, vamos trabalhar juntos. As tratativas com a UFSC, com a Comissão do Meio Ambiente e Turismo da Assembleia Legislativa, o SEBRAE/SC, o Consórcio CIM da Granfpolis já começaram. No caso dos manguezais, em particular, queremos introduzir um novo olhar: através de políticas de monitoramento regional, com a criação de centros de pesquisa, que a CARBON ZERO  tem expertise, aproximar através de palestras e materiais educativos uma relação de preservação, acolhimento e valorização dos mangues. 

Só protege o meio ambiente quem se sente parte dele.   

PS - Na foto abaixo durante a reunião com o Consórcio dos Municípios da Grande Florianópolis,  no último dia 27/10, o CEO da CARBON ZERO, Carlos Ferreira, ao fundo, fez uma bela apresentação para o deputado Marquito, presidente da Comissão do Meio Ambiente e Turismo, sobre o imenso potencial dos mangues. De pronto o deputado @marquito.sc, primeiro à esquerda, abraçou a causa e marcou para o dia 7/11, às 17 horas, uma apresentação na ALESC.


   

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