segunda-feira, outubro 30, 2023

Mudanças climáticas, uma realidade

                       Santo Amaro da Imperatriz, nascentes preservadas água de qualidade

Quem acompanha a rede Linkedin sabe que 3500 impressões em um dia, é bastante. As visualizações quase sempre dependem do tema e do número de seguidores de quem escreve. No nosso caso em particular, a importância está no tema que abordamos. O último artigo publicado, "O alerta que vem da Amazônia", trata das consequências da seca que deixou 500 mil pessoas sob risco real de vida. Por ser um fenômeno natural, ficou a sensação de uma desatenção com as comunidades ribeirinhas.

A sociedade acompanhou em tempo real a extensão do estrago de uma seca prolongada na região Norte, ou das fortes enchentes no Sul. As duas situações eram de certa forma previstas, mas deixaram um imenso problema social através de uma grave desestruturação econômica no Sul e uma grave fragilidade  na logística local no Norte. Se vamos aprender ou não com os recados da natureza, é a pergunta que não quer calar.

Nos últimos dias com a presença do Carlos Ferreira, CEO da Carbon ZERO, deu para aprender e conhecer melhor a necessidade de nos prepararmos para o futuro. Independente da região ou bioma, as mudanças do clima estão acontecendo. Tanto assim que tivemos 40 graus no inverno com chuvas torrenciais e secas prolongadas num mesmo momento. O que os estudos apontam é que natureza, cada vez com mais intensidade e frequência, está nos alertando sobre o que vem por aí.  

Os encaminhamentos e soluções globais tem se mostrado insuficientes, tanto na guerra entre países como nos Acordos do Clima. Sem desmerecer a importância desses fóruns internacionais, precisamos incorporar protagonismo e desenvolver cuidados sobre o que temos governabilidade: fazer o que podemos e sabemos fazer. Na tragédia das enchentes em Santa Catarina, até no básico falhamos. A operação das comportas das barragens de contenção, que era pra ser um procedimento rotineiro e técnico, virou  um vexame. Até agora não se sabe direito se a abertura das comportas foi na hora certa ou não.   

Duas coisas que foram trazidas pelo Carlos, da Carbon ZERO, podem e devem de imediato serem acolhidas por aqui. A preservação dos mananciais de água e a identificação dos ativos ambientais nos municípios. Sem água, não há vida. O Caminho das Águas é uma experiência exitosa no Paraná, que busca assegurar água de qualidade para as futuras gerações. Já os ativos ambientais, são riquezas naturais dos municípios que podem gerar recursos para investir no desenvolvimento sustentável das cidades e na proteção dos seus munícipes. As mudanças climáticas estão batendo na porta e vão entrar. O que a gente precisa é se preparar para minimizar seus efeitos. 

PS- Carlos Alberto Tavares Ferreira, presidente da Fundação Tavares Ferreira, foi homenageado recentemente pela Câmara Municipal de Curitiba, por ter plantado no último ano 8.640 árvores na cidade. Seu projeto é plantar 100 mil em 10 anos. No mês passado, Carlos foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo, por preservar nascentes de água em áreas de proteção permanente da Fundação Tavares Ferreira. De lá sai uma água de qualidade que abastece sete  milhões de pessoas em São Paulo. Uma população equivalente a do estado de Santa Catarina.  

      



 


   

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