terça-feira, novembro 21, 2023

Os efeitos das mudanças climáticas

                  Subestação Nova Santa Rita/RS, alagada devido às enchentes do Rio Caí 

Quando se fala em mudanças climáticas, boa parte das pessoas não associa seus efeitos com as tragédias que estamos vivenciando. A foto acima é emblemática, jamais poderia ter acontecido. Qualquer pequeno descuido, o Rio Grande do Sul vai enfrentar o maior apagão da sua história. Pode-se até questionar se ela estava no lugar certo, só que agora não dá para tirar dali. Quando as águas baixarem, o que deve acontecer é a construção de uma barreira de contenção protegendo toda a subestação para evitar a repetição do que aconteceu agora, com riscos incalculáveis para a sociedade.

Em Santa Catarina, uma cidade importante, polo de uma região, Rio do Sul sofre com as frequentes cheias que tomam conta da cidade. Não é possível submeter sua população a tanta humilhação. Todos sabem que quando vier uma chuva forte o rio vai transbordar e a cidade vai inundar. Se nada for feito a tragédia vai fazer parte da história de vida daquela gente. Como é impossível mover a cidade, só resta construir um canal de fuga a montante  de Rio do Sul, que desvie parte da vazão do rio para que novas enchentes não aconteçam.

Na semana passada, Carlos Alberto Ferreira, da CARBON ZERO, parceiro do Instituto IDEAL, nos passou o estudo e a obra realizada no Paraná de desvio do Rio Canais. Uma resposta da engenharia e da hidrologia que poderia perfeitamente ser aplicada em Rio do Sul. Prontamente entramos em contato com o presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da ALESC, o deputado Marquito, para agendar uma reunião na Comissão com o objetivo de apresentar um estudo para minimizar o impacto das enchentes em Rio do Sul.

Em Belo Horizonte, onde fui homenageado por duas décadas de dedicação voluntária às energias alternativas e uma América Latina sem Carbono, não fiz referência a esse legado. O tempo que usei foi de preocupação com o futuro. A hora é de repensar para não errar. A maior cidade da América Latina, São Paulo, não pode ficar sem luz porque ventou. Na região Norte, milhares de pessoas correm risco de vida porque não choveu. No Sul, três importantes estados, estão com seus habitantes expostos e a economia refém das  adversidades  climáticas. De tanto ministérios que temos, o que nos falta é o "Ministério do Repensar". Aliás, estratégico para qualquer país: por questões políticas, sociais, ambientais,  econômicas e do conhecimento. Pensar só faz bem.


 



 

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