sexta-feira, janeiro 05, 2024

Da insanidade a barbárie. Da barbárie a esperança (8/1)

 


Diante tudo que se viu na retrospectiva de 2023, dos fatos ocorridos no Brasil, o mais impactante foi a fúria de uma pequena parcela descontrolada da sociedade, visivelmente tomada por interesses espúrios, que invadiu a sede dos Três Poderes da República, em Brasília, no fatídico 8 de janeiro de 2023. Até hoje existe uma perplexidade entorno do ocorrido, um golpe pensado que se desse certo acabaria com a democracia, a cidadania e com a Nação. Agora, estaríamos vivendo num país sem lei tomado pela barbárie. Felizmente, o golpe não vingou, as apurações estão em curso e a liberdade está entre nós. A lição que ficou é que precisamos estar atento para que aventureiros de plantão, fardados ou não, voltem a nos ameaçar.

Propositalmente, restringi a um parágrafo o mundo dos insanos. Quem participou do desatino coletivo à luz do dia, em sua maioria não passava de massa de manobra conduzida pelos mentores do fracassado golpe. Não merecem espaço, só um registro.

Já as notícias da semana são gravíssimas, separam a insanidade da barbárie. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou em entrevista à Globo News, que a PF já vinha investigando os responsáveis “pelo plano que envolvia o homicídio do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes”.  O próprio Ministro, na quinta-feira, 4, em entrevista ao jornal O Globo, afirmou que seria preso e enforcado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo, Alexandre de Moraes, o plano incluía a participação da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que monitorava seus passos.

O relato é de um filme de terror, algo impensável para a imensa maioria dos brasileiros, independente do voto que deram. Quem elaborou esse plano macabro apostava no pior, a barbárie. Sem ser provocativo, alguém de sã consciência já se imaginou vivendo, criando seus filhos e netos num país sem futuro, onde um ministro do STF por defender a democracia e o resultado das urnas é enforcado em praça pública. Responda pra si mesmo. 

Ao mesmo tempo que escrevo enojado por tudo que passamos, cresce a esperança em 2024. O pior dos cenários está superado, o golpe não vingou. As investigações estão em curso e os culpados serão identificados e responsabilizados perante à lei. Quanto a sociedade, diante dos fatos relatados, uma nova postura coletiva tem que existir. Sem titubear, com firmeza, unidade e esperança, vamos nos reinventar e avançar. Não adianta demonizar a política, o BC ou o STF. O que é preciso é entender melhor quem somos, como agimos e o que buscamos. De preferência olhando para o futuro. Que venha 2024....


 


 

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