terça-feira, fevereiro 18, 2020

"Se a canoa não virar..." (*)

Na semana do Carnaval, boa parte das pessoas se entrega à folia. O título acima tanto poderia ser o samba enredo de uma escola campeã ou a reprodução exata de uma antiga e descontraída marchinha de Carnaval. Só que não é, saudosos foliões: trata-se de um alerta geral para as dificuldades que estamos passando.

No Linkedln, Ricardo Amorim, postou em 14/2: "4 em cada 10 trabalhadores brasileiros não contribuem para a Previdência. O crescimento da informalidade no mercado de trabalho está agravando o problema previdenciário", comenta Ricardo. Até ele...

Darlan Alvarenga e Daniel Silveira,  G1, de 14/2, alertam também que a informalidade cresceu em 20 estados do Brasil. Em 11 estados ultrapassou a taxa de 50%. A maior taxa foi verificada no Pará (62,4%), a menor em Santa Catarina (27,3%). A média nacional da informalidade ficou em 41,1% , um dos maiores índices já registrados.

Agora dá para entender a razão do título do comentário. Em plena semana do Carnaval, só se pensa em carnaval. Em razão disso pensei com os meus botões, quem sabe algum folião saudosista se interesse pela leitura. Se a estratégia usada não der certo, ao menos fica o registro da crise que está batendo na nossa porta.

(*) Se a semana não fosse a do Carnaval, a manchete poderia se chamar - ALERTA! Aliás, foi o título que Marcos Lisboa utilizou  no seu artigo de domingo, 16 de fevereiro. Olhem só como ele começa:

" A retomada lenta da economia jogou água fria em quem acreditava que bastavam boas intenções, juros baixos e câmbio alto para deslanchar a economia. Nossos problemas são mais profundos e sutis do que sugerem os apressados."

(Marcos Lisboa é o presidente do Insper, instituto sem fins lucrativos que forma lideranças em diversos setores. O Insper tem parceria com mais de 70 universidades pelo mundo)

PS-  Percebo o esforço semanal do governo para encobrir a crise econômica. Só que a realidade é outra. Ela é crescente e está cada vez mais visível.
  

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