sexta-feira, fevereiro 21, 2020

Energia Solar, quanto mais melhor


Diogo Mac Cord de Faria, Secretário do Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia, aposta no PL 232 que trata do Novo Marco do Setor Elétrico. Segundo ele, não se trata de uma ampliação do mercado livre como muitos estão dizendo. Também é dele a afirmação de que a tarifa de energia elétrica que os consumidores cativos estão pagando, é um absurdo de tão cara.


 No mesmo dia, 18/2, uma matéria do Estadão trata do custo da energia. Em razão de estar sobrando energia no sistema, Anne Warth indaga a razão dos preços não caírem. Ao meu ver, tem coisa errada. Não faz sentido o consumo em queda e os reservatórios com boas condições de armazenamento, nós continuarmos pagando caro pela energia elétrica. (Anne Warth, O Estado de São Paulo)


 A fatura de energia que nos chega, é de difícil compreensão. A grosso modo pode se explicar, assim: custo da energia que consumimos (33%); custo da transmissão dessa energia (7%);  custo da distribuição da energia (19%);  subsídios (10%) e de impostos (31%).


 Um dos problemas que a matéria destaca, é a crescente migração dos grandes consumidores para o Mercado Livre. Lá eles contratam a energia que consomem, por um preço bem mais em conta. Só que esse movimento está acarretando um desiquilíbrio no setor. Parte dessa conta sobrou para nós, consumidores cativos, ligados as concessionárias.


 A inclusão do mercado livre na discussão me parece oportuna, já que ao longo de 2019 a Aneel procurou atribuir a geração distribuída fotovoltaica a causa por desiquilíbrios no sistema.  Sempre nos posicionamos que a energia solar mal representa 1% da matriz, portanto não pode ser responsabilizada pelos desencontros do setor.


 Segundo o secretário Diogo de farias, a causa está no conjunto de falhas regulatórias. No que, em parte, tem razão. As correções se fazem necessárias e o estímulo a geração distribuída por fontes de energia renováveis também.
  


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