A praia do Farol dos Naufragados, no sul da Ilha de Florianópolis, é um lugar único. Para chegar lá, só há dois caminhos: uma hora de trilha, ou de barco. Luz elétrica nem pensar. Consumo baixo e uma floresta fechada, impedem a chegada de uma rede. Tanto é, que nem o Programa Luz para Todos foi capaz de atender Naufragados.
Com a significativa redução no custo da energia solar, o comércio e as poucas famílias que viviam às escuras puderam ter acesso a energia elétrica. A paradisíaca praia do Farol dos Naufragados é um desses casos que só a energia solar resolve. Agora já se pode tomar uma cerveja gelada e comer um peixe fresco.
Para quem sempre teve energia elétrica disponível, não faz ideia do que é não ter. Com a sua chegada, tudo muda. Se quebra a lógica do isolamento, que aumenta o risco da pesca predatória, do desmatamento e da ocupação irregular. Fazia um bom tempo que não passava por lá, foi muito gratificante ver painéis recebendo o sol e produzindo energia.(*)
(*) Nada mais cidadão e democrático que ter acesso a luz, a água e ao saneamento. Levar essas condições básicas à todos é o mínimo que se espera do Estado. Com essas obrigações atendidas, se desperta a cidadania. O cuidado com a preservação das unidades de conservação; a fiscalização da pesca em áreas protegidas; o respeito às populações tradicionais; a atenção com a biodiversidade - passam a ser compromissos que absorvemos e não esquecemos mais.
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