O comentário que fiz sobre a relação do meu pai com a Revista Reuters, para minha surpresa, foi um dos mais lidos no blog (31/5). Sem qualquer preocupação no escrever, movido por uma carinhosa lembrança, as palavras corriam soltas se acomodando num texto leve de boas recordações da minha infância em Rio Grande, onde nasci. A figura central do relato é Hypolitho Passos, meu pai.
Sem querer ser repetitivo, mas atento aos últimos acontecimentos, quis o destino que encontrasse uma nova matéria da Reuters no último sábado, dia 20. O texto começa lembrando o grande acontecimento da semana passada, a apreensão de Queiroz na casa do advogado da família Bolsonaro. Segundo a repórter da Agência Reuters, Lisandra Paraguaçu, o ocorrido acabou trazendo o escândalo para dentro do Palácio do Planalto, algo que Bolsonaro sempre tentou evitar.
Com uma crise atrás da outra, o presidente tenta revigorar as bases nas redes sociais que foram essenciais na sua eleição. Só que a participação nos atos a seu favor, visivelmente, perdem espaço. Grupos opositores começam a se organizar e, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, conseguiram reverter a situação que havia nas ruas, comenta Lisandra.
Num outro momento a matéria faz referência ao levantamento da Sala da Democracia Digital da Fundação Getúlio Vargas, na semana passada. O estudo mostra os perfis de apoio ao governo num patamar abaixo de 20% no debate nacional. O governo não consegue mais dominar a narrativa. Não conta mais com os 57 milhões de votos que teve e começa pesar contra si, a reação da sociedade que conta com mais de 70% dos brasileiros contra ele.
PS - Pai, o Bolsonaro está se isolando. O artigo da Lisandra foi publicada antes do ministro da Educação se escafeder para os EUA; e sem falar nos desdobramentos do escândalo Flávio/Queiroz/Wassef. Assim que tiver mais notícias da Reuters te encaminho.
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