sexta-feira, agosto 21, 2020

Mesmo na crise a energia solar vem reagindo

 Os dados da Greener e da ABGD publicados no início do mês, registram que mesmo na crise a energia solar vem reagindo. Embora o setor esperasse por uma queda, que seria natural, os projetos estão saindo: o que é uma excelente notícia.

Para quem acompanha o mercado global, a tendência de uma matriz energética sustentável é uma realidade. Por aqui, não vai ser diferente. Um recente estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta que caminhamos na direção certa, a que os futuristas chamam de 3D: Descentralização, Digitalização e Descarbonização. 

Das três, a descarbonização é a que estou mais próximo. Só na Amazônia o uso do diesel para gerar energia elétrica nos sistemas isolados, é um estrago no bolso e na natureza: são bilhões de reais/ano e milhões de toneladas de CO². Embora entendendo a dificuldade de se atualizar esses valores, a impressão que tenho é que a conta só cresce. 

No caso da Amazônia, a resposta está na geração localizada por fonte de energia renovável. Tanto lá  como na área urbana,  a energia solar é a que melhor atende. Prova disso, está no mercado que não para de crescer. A Greener estudou o perfil dos novos investidores em sistemas fotovoltaicos; na sua maioria são pessoas com menos de 50 anos e de diferentes faixas de renda. O que confirma a penetração da tecnologia, deixando de ser vista como algo de difícil acesso. 

Outra informação que chamou a atenção foi o fato do Rio Grande do Sul ter superado  São Paulo, em número de conexões em geração distribuída. Agora são 37 mil conexões e 430 MW de potência, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Como a insolação do estado não é das melhores, a explicação pode estar no excelente trabalho da Frente Parlamentar em Defesa da Mini e Micro Geração Distribuída da Assembleia Legislativa, coordenada pelo gabinete do deputado José Nunes. 

Quem acompanha o setor reconhece a articulação dos gaúchos com o tema; não só na Casa Legislativa, como no meio acadêmico e empresarial. Ao meu ver estão colhendo o que plantaram. O Instituto IDEAL é parceiro desse movimento. A boa relação que temos, se deu ao longo do tempo.

PS - No setor do comércio a geração distribuída cresceu mais de 100%, na comparação do primeiro semestre de 2020 com o mesmo período de 2019. Aparentemente o motivo foi  a necessidade de se cortar custos durante a pandemia, leia-se: gastos com a energia elétrica.  Os empregos criados em plena crise, 40 mil,  também reforçam o bom momento. (Fonte: ABSOLAR)


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