quarta-feira, abril 07, 2021

Uma semana, que de santa não teve nada

A semana que passou, de "santa" não teve nada. Até tentativa de golpe chegou a se falar.  Como não deu certo, o dia 31 passou em branco. No meio de tantas insanidades e incertezas, a dança das cadeiras na Esplanada dos Ministérios  só veio a comprovar a falta de rumo do governo. Em vez de atacar os graves problemas que temos, as mortes que não param, as vacinas que não chegam, o desemprego e a miséria que crescem; Bolsonaro prefere  confrontar seus ministros. 

Para alguns observadores, entre um pastel e outro, criar um fato se faz necessário para desviar a atenção do que realmente interessa. Na semana que o Orçamento da União aprovado é uma obra de ficção; Bolsonaro afasta o Ministro da Defesa. Como consequência, os ministros do Exército, Aeronáutica e Marinha se demitem. A crise estava criada e a possibilidade de um novo golpe no dia 31 de março, chegou a ser cogitada. Felizmente, não deu em nada. Generais não gostam de receber ordem de capitão. (*) 

Este país, que em poucas palavras retratei, tem nome: é o Brasil. Já foi a sexta economia do planeta, hoje lidera o maior número de mortes por covid/dia do mundo. Nossos vizinhos, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, fecharam suas fronteiras. Quase todos os aeroportos do mundo também estão fechados para nós. Diante dos fatos e de forma bem resumida: só quem aposta no pior, apoia o atual governo. (**)

(*) Sobre o orçamento ser uma obra de ficção, comento num outro momento.

(**) Ontem 4.211 brasileiros morreram, macabro. O principal infectologista dos EUA, Anthony Fauci, comenta a gravidade do quadro e recomenda um lockdown.  

PS - A Semana Santa, pelo que representa, acaba sendo um momento de reflexão. Uma boa hora para se pensar no futuro do Brasil.  Aos poucos que ainda preferem negar a realidade, lamento. A consciência é implacável, cobra!  O assunto fica em aberto.

 


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