quarta-feira, abril 07, 2021

Em meio a dança das cadeiras, esqueceram do Salles


                      Operação Handroanthus GLO. Foto: Polícia Federal. 

Em plena Semana Santa, com ministros saindo e outros chegando, tudo muito confuso, acabaram se esquecendo do Salles. Claro que o Planalto deve ter outra explicação, da minha parte só pode ter sido esquecimento. No pacote de aceno para os EUA de Biden, sempre se soube que estaria na bandeja a cabeça dele e do Araújo. Afinal, era o trunfo que o governo  tinha de aproximação com o "Tio Sam". O Araújo já se foi, falta o Salles.

Nessa semana a situação do Salles voltou a se agravar. O confronto desta vez foi com o Chefe da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva. Saraiva, não deixou barato, publicamente, enquadrou Salles. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo declarou: "aqui a boiada não passa". 

Direto como tem que ser um servidor público, responsável com suas atribuições, o delegado Alexandre afirma: é a primeira vez que vê um ministro do Meio Ambiente se posicionar contra ações para proteger a Amazônia. De tudo que se viu e ouviu do descaso de Salles com a preservação da floresta, nada foi tão grave. Sua permanência no cargo é insustentável.

A critica não veio de uma ONG, veio do chefe de uma instituição do Estado brasileiro, em cumprimento de sua função. Há mais de 10 anos ocupando cargos de superintendência na Polícia Federal (Roraima, Maranhão e agora Amazonas),  Alexandre Saraiva é doutor em ciências ambientais e sustentabilidade pela Universidade Federal do Amazonas.

Segundo Saraiva, as ações que prenderam milhares de toras nativas durante a operação Handroanthus da PF, os grupos envolvidos não podem ser chamados de empresários. Para ele - "trata-se de uma organização criminosa".  A operação se deu no oeste do Pará, em dezembro do ano passado. A entrevista na íntegra está disponível na Folha do dia 5. (na foto acima: parte das toras apreendidas)

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