quarta-feira, setembro 17, 2025

Nada é por acaso - parte II

 Em 11 de agosto, publiquei nas redes sociais, "Nada é por acaso". Um mês depois, por coincidência, com a condenação dos responsáveis pelo golpe de 8 de janeiro de 2023, uma atualização do que aconteceu nesse curto espaço de tempo se faz necessária. Afinal, foram trinta dias que mudaram a história do país. Uma afirmação impactante, mas verdadeira.

Sem qualquer exagero o que estava em jogo no dia 11 de setembro, no Supremo Tribunal Federal, era o futuro do Brasil. Nosso país foi destruído pela pandemia do coronavírus, com mais de 700 mil mortos. Só ficamos atrás dos EUA de Trump. Uma tragédia humana que jamais pode ser esquecida, tanto aqui como lá. Os atuais responsáveis pelo setor da saúde pública atribuem as baixas adesões a campanhas de vacinação, uma consequência do negacionismo governamental na época.

Quatro anos de atraso, sem se relacionar com o mundo lá fora, acaba com qualquer país. Ainda é pior quando dentro de casa a violência aflora, a sociedade se divide e o ódio se alastra. Sem uma gestão qualificada, um plano de governo e um projeto nacional que despertasse o interesse da sociedade, pouco restou para o Brasil. Um Congresso sem expressão, que se viciou nas emendas parlamentares. O bem comum se perdeu nos gabinetes e nas Comissões da Casa. O Orçamento ficou sob o controle do Parlamento. Sem dotação orçamentária suficiente, o Poder Executivo ficou nas mãos do Congresso.  

Em 2022, essa estrutura construída à revelia da própria Constituição foi derrotada nas urnas. O resultado não foi reconhecido pelo então presidente e postulante a um novo mandato. O golpe foi a saída que sobrou para se manterem no poder. Por terem fracassados na gestão, perderam nas urnas. A ambição pelo poder passou a alimentar o golpe. Em quatro anos pouco fizeram para mostrar para os brasileiros. Sem um plano de governo, a improvisação e o "puxadinho" foi o que restou.  

Quando se deram conta que tinham perdido boa parte dos seus votos, a reação foi ainda pior. Sem pensar nas consequências resolveram atacar o Brasil, por dentro e por fora. Internamente incentivaram a destruição da sede dos Poderes da República. Externamente, sem qualquer pudor, investiram tudo que podiam para prejudicar as nossas relações comerciais com parceiros antigos, gerando um grande mal-estar que ainda permanece. A história vai cobrar tamanha insanidade.

Por fim chegamos no dia 11 de setembro, um julgamento público, onde 59 advogados de defesa se pronunciaram em defesa dos réus. Não há como alegar prejuízo da defesa. Por quatro votos a um foram todos condenados. O que se espera agora é que volte à normalidade. O Brasil é muito maior do que vivenciamos nesses últimos anos. As reações da bolsa e do dólar, sinalizam que o resultado da condenação foi assimilado pela sociedade. Nas ruas também se viu um acolhimento pelo desfecho. A impressão que fica, tirando os radicalismos extremos, é de um sentimento coletivo de exaustão: deu!

O país precisa seguir em frente, mas sem se descuidar. A mediocridade ainda está entre nós. A pior Câmara de Deputados que o Brasil já teve, presidida por Hugo Mota, ontem, dia 16/9, na calada da noite, aprovou em regime de urgência, a PEC da blindagem para os deputados. Agora o cargo passa a protegê-los de qualquer desvio de conduta. Algo impensável pela ousadia dos nossos representantes. Uma vergonha articulada, construída e aprovada longe dos olhos do povo e na contra mão da vontade dominante da sociedade. Nada é por acaso, o que fizeram tem nome: oportunismo e falta de caráter.     

   



 

  

segunda-feira, agosto 11, 2025

Nada é por acaso

 

Na primeira quinzena de maio publiquei no blog De Olho no Futuro, um comentário sobre a matéria do The New Yorkers, com a manchete “Lula é o cara”. Diante do reconhecimento público de uma renomada revista americana ao papel relevante do presidente do Brasil como liderança política na América Latina, a extrema direita resolveu jogar pesado. Lá de fora vieram as taxações e as ameaças ao STF através do governo dos EUA, devidamente inflado por um deputado brasileiro que fugiu e que está à serviço de um outro país. Aqui o pior aconteceu na primeira semana de agosto, quando um motim dentro do Congresso Nacional, impediu que os presidentes das duas Casas ocupassem o seu lugar. Pasmem, quase que assistimos um golpe contra a democracia aplicado por congressistas que juraram defendê-la.

Nessas poucas semanas que separam maio de agosto, muitas coisas aconteceram: o deputado que recebe PIX do pai no exterior para detonar o Brasil, continua agindo contra o país; as taxações sem motivações técnicas de Tump, já estão em vigor; na Avenida Paulista brasileiros enrolados na bandeira dos EUA, apoiavam o nosso algoz. Uma situação vexatória e inexplicável diante das circunstâncias. Não dá para entender, enquanto o mundo reage contra Trump: o país mais atingido por ele tem gente festejando.  

A continuar essa doideira na rua, sem rumo e sem razão, associada aos parlamentares fazendo o que fizeram na sua própria Casa, uma ruptura institucional pode acontecer. A canalhice tem que ser combatida com rigor onde ela estiver, ou o nosso futuro estará comprometido. Não é hora dos desencontros ou das omissões, o Brasil está sendo atacado por forças externas e internas. Nós não podemos nos descuidar do Brasil. A desatenção com o país num momento grave como esse nos faz pensar que tem gente comprometida com outros interesses, que não são os nossos. Nada é por acaso.  

 

domingo, maio 18, 2025

Energia elétrica, riscos e desafios desse Século

 A guerra Rússia x Ucrânia, insana em todos os sentidos, já entrou no seu terceiro ano. Além da destruição causada e da imigração descontrolada que causou, deixou um rastro de mortos lado a lado. Sem o mínimo de atenção à realidade, a OTAN de forma atabalhoada expôs militarmente a sua fragilidade diante de uma Rússia fortalecida apoiada à distância pela China e pela Índia. Como a guerra se estendeu além do esperado a Europa literalmente, desabou: sucumbiu diante de sua dependência energética e o impacto disso no bolso dos europeus. Vai custar a se reerguer. (*)

Nos EUA um megaempresário com um ego maior que o Continente Europeu, que queria controlar os carros elétricos e as novas baterias no mundo, se sentindo engolido pela indústria chinesa, deu a seguinte declaração, "se os carros elétricos tomarem conta do mercado vai faltar energia para as pessoas". Supondo que temos mais de um bilhão de carros convencionais rodando, e que todos ao longo dos próximos anos sejam substituídos por carros elétricos, algo imprevisível vai acontecer com a geração, distribuição e transmissão de energia elétrica que temos hoje.

Na Rússia, talvez de forma precipitada, o governo brasileiro sinalizou simpatia para participar de um novo programa nuclear no país. Nada de muito diferente do que se fez no passado durante o regime militar, quando assinou com a Alemanha a implantação de várias usinas nucleares. Desse ambicioso programa da década de 70, o que sobrou foi Angra I e Angra II e um esqueleto da vizinha Angra III. Uma obra iniciada em 1981 e até hoje inacabada. O custo atualizado do mega watt hora é o maior do mundo. Ninguém que assumir a obra pelo mico que é. (**)

Um dos temas em pauta nesse mundo virado de cabeça para baixo, é a descarbonização do planeta que ainda depende majoritariamente do gás, do carvão e do petróleo. Só que essa importante mudança não está acontecendo nem na velocidade esperada e muito menos no acolhimento dos países produtores e consumidores de combustíveis de origem fóssil. Portanto, um longo caminho nos separa desse novo modelo. O que se precisa é sair da caixa, pensar nos antigos filmes de ficção da década de 50 e 60. 

Ainda jovem observava que eles tinham algo em comum, mobilidade rápida e eficiente. Drones que levavam pessoas como os taxis de hoje, mas de tudo o que mais impressionava era que as cidades não tinham fios e nem postes. O que nos leva a pensar que a energia elétrica era produzida e consumida no próprio local. Sendo isso verdade, a energia viria de uma pequena pilha, com alta tecnologia, carregada de energia. 

Se era viável nos sonhos de quem sonhava na década de 60, é muito mais viável agora quando novos materiais estão disponíveis e  minerais raros são descobertos. Um esforço global focado na busca da energia do futuro seria a decisão do Século. Não faltarão recursos, tecnologia e nem inteligência para a humanidade deixar o seu grande legado, a descarbonização do Planeta. (***)

(*) A OTAN sem os EUA não tem como sustentar a guerra insana entre Rússia e Ucrânia, que aliás não deveria ter começado. Trump abandonou seus aliados, lavou as mãos. Segundo o governo americano o poder bélico da Rússia é três vezes maior do que o da OTAN. 

(**) A pior coisa é insistir num erro. Angra III é uma tecnologia do século passado, década de 70, com equipamentos comprados e armazenados por quase 50 anos. Em 2003, como deputado federal, membro titular das Comissões  de Energia, Meio Ambiente e Tecnologia da Câmara Federal, e titular do Conselho de Estudo Especiais do Congresso Nacional, fiz parte de uma Comissão para apurar o estado da obra e dos seus equipamentos. Pouca coisa mudou.

(***) Grandes usinas, imensas linhas de transmissão em alta tensão, bilhões de quilômetros de redes de distribuição em baixa tensão, que estão espalhados pelo mundo não vão atender mais a demanda crescente por energia. Se nós estamos nos aproximando dos 10 bilhões de pessoas e com a mobilidade elétrica avançando, algo de novo vai acontecer. Pensem nisso, o amanhã começa agora.    

   

segunda-feira, maio 12, 2025

The New Yorker, Lula um líder global


                                        Lula, O presidente do Brasil (foto, The New Yorker)

Depois de passar pelo Vaticano, Rússia e China, o presidente Lula tomou conta do noticiário internacional. Amigo pessoal do Papa Francisco de longa data, Lula sentiu como poucos sua partida. Entre todos os líderes políticos presentes na despedida do Papa, Lula era o mais próximo de Francisco. Na Rússia, durante a cerimônia dos 80 anos da vitória sobre o nazismo, o rosto sempre frio de Putim foi substituído por um visível olhar de simpatia no seu encontro com Lula. Na China, Lula se sente em casa pela ótima relação que o Brasil tem com o governo chinês. Como nada é por acaso, quem conhece os bastidores desse bom relacionamento sabe que muito se deve a ousadia, determinação e influência que Lula e Dilma tiveram na criação do BRICS.

Para entender a importância dessa rápida introdução no cenário mundial, obviamente é preciso estar desarmado e gostar do Brasil. Quando se escreve ao vento, não se sabe quem vai ler. No silêncio da noite é de bom tom se concentrar e focar naquilo que você quer repassar. A motivação do comentário está resumida no título. Uma revista semanal americana de grande penetração junto ao poder político e econômico, a The New Yorker dessa semana, não poupou elogios ao presidente do Brasil. Justamente, no mesmo momento que os EUA tiveram que se submeter a mais um vexame nas suas relações comerciais com o mundo. O descrédito está corroendo rapidamente o segundo mandato de Trump.

Quando enalteceu Lula, a The New Yorker se ateve aos fatos. Em Moscou, Lula cobrou publicamente pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, como sempre vem fazendo desde do início do confronto. Em Pequim, num encontro reservado com milhares de investidores internacionais, Lula pegou pesado com a política inconsequente de Donald Trump de taxar o mundo. Que aliás, sempre foi essa a sua posição. Nesta terça-feira, num encontro reservado com o presidente da China Xi Jinping, Lula vai tratar de novos negócios com a China. Sua prioridade, energias renováveis e ferrovias.  

Como a New Yorker observou, Lula se projetou para o mundo pelos bons temas e por sua  coerência. O mundo vive um vazio de lideranças, que não conseguem ser ouvidas fora de suas fronteiras. Lula, tem carisma e se movimenta com desenvoltura. Se internamente tem um Congresso atrasado para lhe atrapalhar, seu sucesso lá fora também incomoda setores da sociedade que não se conformam com sua atenção e ação voltada para os que mais precisam. Só que isso jamais poderia ser incomodo para alguém, trata-se apenas de uma definição de prioridade. Pensem nisso, não boicotem o Brasil.

PS - Antes de retornar para o Brasil, o presidente Lula participa do Encontro do Celac, em Honduras. Trata-se de uma organização que reúne os países latinos e caribenhos, que buscam uma ação conjunta que fortaleça e proteja seus interesses. Nada mais oportuno diante de um relacionamento hostil dos EUA na Região. 


 

  


 

quinta-feira, abril 24, 2025

O PAPA É POP

                                                Papa Francisco (17/12/1936 a 21/4/2025)

Quis o destino que o Papa Francisco nos deixasse na Páscoa. Depois de uma longa permanência hospitalizado, debilitado, precisou recorrer a um tratamento intensivo. Quando saiu da UTI foi para o quarto e por sua insistência voltou para a casa com todos os cuidados necessários. O sentimento de alívio foi grande quando apareceu na sacada e circulou no Papa Móvel pela Praça São Pedro. Com as boas notícias, ninguém esperava por seu óbito dia 21. Ao nos deixar na Páscoa, por tudo que fez pela humanidade, acabou sendo uma abençoada coincidência.

O papado de Francisco durou exatamente 12 anos e 35 dias, não foi o mais longo, mas com certeza o mais marcante. A repercussão que teve no mundo confirma esse sentimento, o Papa é pop. O seu legado tá rua, nas mudanças doutrinárias e estruturais da Igreja e no acolhimento aos que mais necessitam.  Seus compromissos e preocupações extrapolam as fronteiras do Vaticano. Sua indignação em relação as guerras, ao descaso com os imigrantes e aos menos favorecidos, se somam a uma das suas principais causas: a proteção ao meio ambiente e os efeitos das mudanças climáticas no nosso Planeta.

Pelo fato de nunca ter voltado ao seu país, a Argentina, o Papa acabou trazendo para si a curiosidade sobre esse estranho afastamento. No caminho do aeroporto de Buenos Aires se passa pela Igreja de Jorge Mário Bergoglio, que os taxistas fazem questão de mostrar como a Igreja do Papa. De forma carinhosa comentam a importância de seu papel durante a ditadura, de sua aproximação com aqueles que mais precisam e uma relação de profundo constrangimento com o poder na Argentina. Por outro lado, nunca compactuou com as mazelas da política e a corrupção endêmica no seu país. 

No parágrafo anterior, sem maiores pretensões analíticas e comportamentais, dá para compreender as razões de Jorge Mário, como Papa, não ter voltado ao seu país. Durante a ditadura seu envolvimento como negociador  junto aos militares salvou muita gente da morte, mas para alguns historiadores essa aproximação da Igreja Católica com a Junta Militar nunca foi vista com bons olhos pela esquerda argentina. Depois veio um longo período de uma transição democrática tumultuada com governantes corruptos, políticos despreparados e uma frágil democracia. Recentemente, como Papa, seu maior desconforto foi quando o atual presidente da Argentina,  Javier Milei, publicamente, comparou o Papa Francisco ao demônio. De uma agressividade gratuita e descabida.

Agora com sua morte, cerca de 170  Chefes de Estado já confirmaram  presença no seu funeral. A pergunta que se faz é porque todos querem estar lá, inclusive Milei. As interpretações  conforme os interesses podem variar, mas o sentimento mais perto da unanimidade é de reconhecimento e de profunda admiração, por um homem, religioso, latino, dedicado a periferia, que conseguiu mudar a Igreja Católica. Como Papa não se omitiu, condenou as guerras, alertou o mundo sobre o clima, a fome e a desigualdade. Ninguém chegou perto dele, Francisco é o nome do Século.

Sua simplicidade e humildade o acompanham no tempo. Quando se ajoelha para lavar o pé de um enfermo, ou rompe a segurança para abençoar uma criança, faz por entender que é essa a mensagem que tem que deixar. Quando expulsa da Igreja padres, bispos e cardeais, por má conduta, faz por entender que é sua obrigação agir assim. O Papa é um líder espiritual, não precisaria se indispor internamente e muito menos com uma parcela conservadora dos seus fiéis. À rigor, Papa não precisa de voto como os políticos dependem. Estar livre dessa condição, só reforça a espontaneidade de multidões que se formam nas ruas para se despedir de Franciscus. Vá em paz. 

   

 

  

quinta-feira, abril 03, 2025

Nos EUA a ficha caiu

                                                                        Foto: Reuters (02/4/2025) 

Nos EUA a ficha caiu: Trump é um problema dos americanos e como tal deve ser tratado. Segundo a Agência de notícias Reuters, sua popularidade vem desabando. Os americanos não estão nada satisfeitos com as ameaças do presidente. A sua última aparição, dia 2, festejando as novas taxações só recebeu aplauso dos amigos mais próximos. Os EUA importam cerca de 50% de tudo que consomem, com essa medida o impacto vai atingir diretamente o custo de vida dos americanos. (foto acima)

Os argumentos de que com isso aumentaria a competitividade dos produtos americanos no mercado interno, não se sustentam. A inflação, que já está alta, vai subir ainda mais, e o poder de compra do americano vai cair. Com isso sua popularidade vai sendo consumida e o humor do consumidor também.  Os economistas de lá nessas situações costumam usar a expressão, "It's the economy, stupid." 

Como a promessa de campanha de produzir internamente as necessidades do país ainda está muito presente, a pressão é grande. Afinal, não é uma tarefa fácil, "Make America Great Again". Muita coisa mudou e Trump não percebeu. Os americanos já se deram conta que isolar o país é o pior dos mundos. O sonho prometido está ficando pelo caminho, não tem como criar uma Nova América hostilizando vizinhos e antigos parceiros. (*) 

Para piorar o humor da Casa Branca veio o surpreendente resultado da eleição para a Suprema Corte de Wisconsin, onde a juíza Susan Crawford venceu por larga margem o candidato conservador Brad Schime, apoiado por Trump e pelos dólares de Elon Musk. Como os estados são autônomos, com a derrota se formou na Corte uma maioria progressista. O recado que fica para o cidadão americano, é a volta do "Yes, we  can". Uma jovem mulher, juíza federal, reconhecida por ser progressista, venceu com sobra o homem mais poderoso da nação. O resultado abalou profundamente o mandato que se inicia. 

(*) Na eleição passada, a vitória de Trump só ocorreu porque o governo Biden foi muito ruim. Nos EUA, democrata não vota em republicano e nem vice-versa. Como lá o voto não é obrigatório, o que aconteceu foi o visível desinteresse dos democratas irem às urnas. Deu no que deu.  

PS - No caso do Brasil o governo vem administrando a crise global com responsabilidade e a devida cautela. Se deu bem politicamente quando o Congresso Nacional, Câmara e Senado, rapidamente fecharam questão em relação a autonomia do país, ao livre comércio e as regras de reciprocidade adotadas pelo governo.