As brigas continuam, idiotices e notícias falsas também. A pandemia está batendo na nossa porta e os grandes desafios estão a caminho. No entanto falta gestão e responsabilidade. Tem gente importante brincando com o vírus. Os números que chegam lá de fora são alarmantes: milhões de infectados, milhares de mortos. Até Trump baixou a guarda diante da calamidade. O Brasil virou piada e se isolou: a Terra não é plana, nem o coronavírus é "gripezinha".
No blog anterior comentei a minha preocupação sobre os desencontros da área econômica e suas consequências. De forma intuitiva usei a queda do consumo de energia elétrica como referência. Agora, de posse dos números oficiais, dá para dar uma ideia da dimensão do estrago. Nessa semana a CCEE (Câmara Comercializadora de Energia Elétrica) estimou que o consumo de energia no Brasil caiu 8% só na segunda quinzena de março. E no mercado livre que concentra grandes clientes comerciais e industriais, a queda foi ainda maior - 9,4%.
Para quem não é do setor, talvez essa queda significativa não dê a dimensão da crise. Para explicar melhor o ocorrido nada melhor que visualizar o problema. O Brasil é um dos países que mais investiu em parques eólicos. Pelas boas condições de vento que temos, somos o 5° país do mundo nesse segmento. São mais de 600 parques, que somam 15 GW e geram 9% da energia que consumimos. (Fonte: ABEEólica)
Que coincidência, todos os parques eólicos do país geram 9% da energia que o Brasil consome. Segundo a CCEE, 9%, é o que deixamos de consumir em razão de "gripezinha". Sem comentários.
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