Eduardo Suplicy é doutor em Economia pela Universidade de Michigan, nos EUA. Foi deputado estadual, senador e atualmente é vereador de São Paulo. Sempre pelo PT. Sua trajetória política é irretocável. Durante 24 anos como senador se deslocava num carro próprio que o tempo se encarregou de levar das ruas de Brasília. Não só pelo carro que Suplicy se diferenciava de boa parte dos senadores. Até o seu gabinete ficava longe do glamour dos demais. No fundo de um labirinto, no piso térreo. Não sei se agora é ocupado por algum senador. Provavelmente, não.
Incansável batalhador de uma renda básica para todos os brasileiros, como se fosse uma proteção mínima da Nação para com os seus filhos, Suplicy vê agora na crise do coronavírus uma possibilidade de se implantar algo parecido. A renda emergencial de R$ 600,00 aprovada pelo Congresso caminha nessa direção. A situação que já não vinha bem (1,1% do PIB em 2019), se agravou muito nos últimos dois meses. O valor inicial de R$ 200,00, estabelecido por Guedes e sua equipe, não resistiu a pressão do Congresso. Num piscar de olhos, passou para R$ 600,00.
No final dos anos 90, como vereador em Florianópolis, conheci Suplicy e seu projeto de renda básica. Através do meu mandato convidei o senador para fazer uma apresentação das suas ideias na Universidade Federal de Santa Catarina. Prontamente aceitou o convite e se mostrou uma das pessoas mais simples que convivi na política. Até hoje me lembro daquela noite, o auditório da UFSC lotado e no final de sua palestra as pessoas cantando com ele "Blowing in the Wind", de Bob Dylan, sua marca registrada.
Um comentário:
Isso aí, Mauro! Lembro com mto orgulho que ele dormiu em minha casa quando veio à fundação do PT em Santa Catarina, com Lula, Jair Meneghelli e outros. Assim também de ter compartilhado algumas lutas como o lançamento de Lino à vereança. Um grande abraço!
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