Com cem dias de governo, a mensagem do presidente americano, Joe Biden, no último dia 28, mostra um compromisso com o futuro sobre todos os temas abordados. Quando me refiro ao novo presidente americano, estou comparando política e comportamento em relação a gestão anterior de Donald Trump.
Ao se comprometer com mudanças climáticas, energia limpa, mobilidade elétrica, criação de empregos, desarmar a população, combater o racismo, reduzir as desigualdades, Biden sinaliza o país que gostaria de ver. Se as promessas são para valer, cabe aos americanos acompanha-las de perto.
Quanto ao Brasil, que tristeza: são quase mil dias de Bolsonaro. O mês de maio começando, a CPI da covid instalada, a vacina faltando. Sem qualquer perspectiva de consenso, nem o senso de 2020, adiado para 2021, foi aprovado. A reeleição é a prioridade de Bolsonaro, que aposta no pior como forma de se manter na disputa. Para quem não ia concorrer, a reeleição virou uma obsessão.
Na introdução do recente artigo publicado na Folha, 27/4, "Energia solar: a quem interessa frear seu avanço no Brasil?", Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk, da Absolar, descrevem a inquietação do setor em relação ao futuro. Para eles, "O mundo inteiro reconhece a energia solar como aliada na questão sustentabilidade e como fonte geradora de empregos". Destacam, por exemplo, o avanço dessa tecnologia em países como China, Índia, EUA, Alemanha, Espanha, Itália, Japão, Portugal entre outros.
Rodrigo Sauaia e Ronaldo, levantam uma série de argumentos em defesa do projeto de Lei nº 5.829/2019, que está em discussão no Congresso. No momento atual, com o orçamento estourado, incentivar e acolher empreendedores e investidores em energia solar e outras fontes renováveis, deveria ser o óbvio. (*)
A energia solar e a energia eólica se consolidaram no Brasil, pelos bons ventos e a boa insolação. Nos últimos 10 anos, o Brasil avançou várias posições no ranking internacional. Não me parece apropriado atrapalhar o desenvolvimento do setor.
Um pouco de bom senso, não faz mal a ninguém. Conheço bem o setor e o tema. No início da energia solar no Brasil, antes mesmo da Resolução 482 da Aneel, o Instituto IDEAL esteve ao lado agência reguladora em várias iniciativas. A Aneel nunca dificultou a entrada da energia do sol nas nossas casas. Muito pelo contrário, enfrentou as concessionárias impondo os prazos estabelecidos na resolução. Alguma coisa mudou na ensolarada Brasília. E não foi o sol..
(*) O Orçamento da União é uma peça de ficção. Uma colcha de retalhos que preservou militares e ampliou as emendas dos parlamentares. Por que será?
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