sábado, maio 01, 2021

O pior Primeiro de Maio de nossa história

Os  dados são do IBGE e falam por si: 14,4% de desempregados, 8 milhões de empregos perdidos durante a pandemia, 16,8 bilhões de reais perdidos na massa salarial das pessoas empregadas. Se querem um resumo, no Brasil desemprego e empobrecimento caminham juntos. 

Onde trabalho, no Instituto IDEAL, as portas estão fechadas há mais de um ano. Quando me perguntam, a resposta está pronta: estamos em home-office. Só que essa facilidade, é para poucos. Não se aplica para a massa trabalhadora, que sem emprego perambula pelas ruas. Com o desemprego em alta, informalidade crescente e direitos trabalhistas desaparecendo, o quadro que temos é o pior possível.

Nessa  introdução necessária dá para perceber que se continuar assim, pouco nos resta fazer. No nosso caso as mudanças vão além da política, são também comportamentais. Repensar atitudes me parece fundamental. Por mais resistência que se tenha, é preciso assumir - que nada vai ser como antes.

Na política, por exemplo, não dá para inventar a roda. Nomes sem história, quase sempre decepcionam. Bolsonaro é um caso à parte, seu passado foi encoberto. Muitos dos seus eleitores desconheciam em quem votaram. Segundo as últimas pesquisas, metade já se arrependeu. 

Já em relação às mudanças comportamentais, elas se estendem no tempo. Diferentemente de um resultado na urna, é um processo contínuo. Segundo Ricardo Semler, passa pelo conhecimento e pela inteligência. A burrice não irá nos tirar do lugar que estamos, somos o 85º no mundo em renda real per capita. Aqui ainda se fala em comunismo e que o PT inventou a corrupção. E o pior é que a elite acredita nisso, comenta Semler.

Aos mais desinformados, Semler lembra: "comunista é a China, que tem 150 cidades novas e modernas com 1 milhão de pessoas cada, pobreza em queda vertiginosa e uma economia que irá desbancar os EUA como a maior das potências". Sua recomendação final é para usarmos óculos de modernidade para impedir que o Brasil, do jeito que vai, "se transforme num dos lugares mais chatos do planeta". (*)

* Ricardo Semler - 62,  empresário brasileiro, autor de vários livros. O mais conhecido deles foi  "Virando a própria Mesa".

PS- Nesse 01 de maio de 2021 reflitam sobre os comentários de Ricardo Semler, que de esquerda não tem nada. (*) 


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