Bom saber que a ministra Cármen Lúcia encaminhou uma notícia-crime à PGR, no dia 27/4, contra o ministro Salles por sua interferência numa operação da Polícia Federal. A história já foi tratada aqui no blog, só que agora tem o amparo do Supremo Tribunal Federal que reconheceu a má conduta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. (blog 19/4. Salles, a bola da vez)
Segundo reportagem da Agência Pública, no final da tarde do dia 17 de março, quarta-feira, a pedido de parlamentares catarinenses, Salles recebeu os empresários da região oeste de Santa Catarina, com grandes interesses no Pará. Na pauta, a maior apreensão de madeira ilegal da Amazônia, realizada pela Operação Handroanthus da Polícia Federal, sob o comando do até então chefe da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva. (*)
Pelo que está relatado na matéria, quem buscou contornar o problema junto ao ministro Salles, foi Rafael Dutra Dacroce (PP/SC), vereador de Palmitos, irmão de Francine Cella Dacroce, proprietária da Fazenda Francine II, que foi alvo da operação da Polícia Federal. Por trás dos empresários catarinenses, até então desconhecidos por Salles, está uma das principais madeireiras do Pará, a Rondobel Indústria e Comércio de Madeiras. (**)
(*) Por pressão dos lobbies, Alexandre Saraiva foi afastado. Já passei por isso, quinze anos atrás não consegui evitar que exonerassem do cargo um servidor público que estava cumprindo com suas funções. Nunca vou esquecer a injustiça que fizeram.
(**) Segundo a matéria, a Rondobel possui 20 autos de infração registrados no Ibama e milhões em multas não pagas. Com a palavra o Ibama.
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