Na última segunda-feira, dia 15, participei de uma live organizada pela Secretaria do Meio Ambiente da cidade de Rio Grande. A princípio um evento a mais, em tempo de quarentena. Só que não foi assim: Rio Grande é a cidade que eu nasci e me formei. Sai de lá em dezembro de 1972, para fazer um curso preparatório para pós graduação, na UFSC. (*)
De lá para cá, minha vida mudou muito. E o mundo também. Quando me formei em Engenharia Mecânica e optei por continuar estudando, abri mão de três ofertas de emprego. Algo impensável nos dias de hoje. Não há emprego e o estímulo a educação e ao conhecimento, está nas mãos de alguém como Weintraub. Como toda a desgraça é pouca, nossa economia pós coronavírus deve encolher este ano cerca de 10%. O que é muito grave já que em 2019, sem o coronavírus, só crescemos 1,1%.
Durante uma live juntar muita informação, pode atrapalhar. Ao comentar um assunto de tamanha complexidade, como propor um novo mundo, só serve para despertar a curiosidade. Que aliás, é a primeira etapa de um grande processo de transformação. Sempre senti que esse é o meu papel. Foi assim no Congresso Nacional, no Parlamento do Mercosul e agora no Instituo IDEAL. No momento, é também como me vejo apoiando o grupo de jovens do papa Francisco.
Segundo Muhammad Yunus, economista indiano, Prêmio Nobel da Paz, o mundo a ser perseguido, é aquele que garanta zero de emissão de carbono, zero concentração de riqueza, zero desemprego. Portanto, muito sintonizado com o movimento do Papa, "Energia e Pobreza". O atual modelo se esgotou. Se ainda havia dúvida, a pandemia se encarregou de nos convencer. Agora o que nos cabe é nos envolvermos com o grande projeto do papa Francisco. A crise está nos dando essa oportunidade. O mundo que vamos deixar para os nossos filhos e netos, cabe a nós decidir: entre o velho e o novo.
Um comentário:
Parabéns Mauro pela excelente reflexão! E te digo que a tua opção de abandonar um emprego em busca de uma melhor qualificação ainda ocorre hoje mesmo com tamanha falta de incentivo na educação. Por isso, "ainda" não podemos perder as esperanças. Abraços
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